segunda-feira, 8 de junho de 2009

Inesquecível

Cheguei sábado de viagem. Ainda tô processando tudo. Na verdade, processando inconscientemente, coisa que eu pratiquei muito nessas férias. Deixar rolar, sem ansiedade.

Ontem fui almoçar com a Juli e a Flá, duas lindas, mais o Chiquinho. Quando voltei para casa, me enfiei na rede com meu irmão e a Lu. A rede lá da sala de televisão é de casal, bem grandona, cabe na boa três pessoas enroladas em um cobertor. Assistimos um pouquinho Animal Planet, o "canal dos bichos" - programa preferido do meu irmão em domingos friorentos. Depois, assistimos a um filme japônes que a Lu precisava ver para a faculdade. Entre dormidinhas durante 118 minuto, adorei a história de "Depois da Vida", de Hirokazu Kore-eda.

Depois que as pessoas morrem, elas vão para um lugar onde têm três dias para escolher um momento inesquecível da vida para rever antes de partir para a eternidade. Só um. Quem não consegue escolher, fica lá trabalhando para ajudar as pessoas que chegam. Imagina, dos meus 25 anos escolher só um momento inesquecível. Difícil.


Em outra parte, como num exercício para ajudá-los, essas pessoas que os ajudam propõem que eles pensem nas lembranças mais antigas de suas vidas. E concluem que a maioria das pessoas lembra de coisas que se passaram entre 3 e 4 anos de vida. Verdade! Eu lembro de estar em Atibaia com a minha tia e com as minhas primas, a Ju e a Baia. A Baia tinha acabado de nascer, porque a Biti ainda a amamentava, então, eu devia ter uns 4 anos. Indo mais longe, lembro de estar no colo da minha mãe mamando. Juro, lembro das sensações, do cheiro e do calor e do conforto do colo dela. Mas não sei se é lembrança mesmo ou memória inventada com base em fotos e histórias que ela me conta...

Eles dizem também, no filme, que se a gente entra na água, fecha os olhos e bóia, temos sensações de lembrança de quando estavamos no útero da nossa mãe. Outra verdade. Eu adoro entrar na piscina ou numa banheira quentinha, fechar os olhos e "escutar" o silêncio da água. Paz.

Temas pra pensar por dias, vai?