sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O Fim de um Ciclo*

(Para a Flá)

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu...

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.


Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és.

E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.



*Dizem que esse texto é do Fernando Pessoa, poeta e escritor português. Mas, como esse crédito vem da internet, eu não posso confirmar a autoria. Vale, então, pelo significado da mensagem.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Etnocentrismo, entendeu?


Dica da Key, que sabe do meu vício por tirinhas e quadrinhos.
Essa vem da série "Burka Babes", de Peter De Wit, de 2008.
Gostei tanto, mas tanto, que entrei no site da Amazon e comprei um exemplar...
Você encontra outras tirinhas da série no site da revista semanal francesa Courrier Internacional.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Um Teto Para Meu País

Desde que eu era mais nova eu procurava algum jeito de ajudar as pessoas que não foram tão abençoadas como eu pela vida. Pensei em orfanatos, asilos, abrigos, etc. E foi então que, com 26 anos, me apresentaram essa ONG. Um Teto Para Meu País é uma organização formada apenas por universitários, jovens que colocam a mão na massa. Constroem casas em favelas e comunidades carentes, para aqueles que moram em lugares inacreditáveis e inaceitáveis, com a família inteira. Eu poderia fazer um texto enorme aqui para explicar tudo direitinho, mas a questão é que neste sábado dia 29/08/09 terá a 1ª Grande Coleta. O que é isso? Jovens em diversos pontos da cidade, em esquinas mais precisamente, arrecadando dinheiro para mais uma construção dessas casas. O nome da coleta é "Construa com R$5,00", porque se cada carro que falarmos doar apenas essa quantia já vamos conseguir construir um número significativo de casas. Quem se interessar e quiser saber mais pode entrar no site. Vale a pena, porque é uma iniciativa muito legal! Fica a dica...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Entendeu?

"É preciso esclarecer: se todo exotismo é um tipo de diferença, nem toda diferença é exótica; a diferença compara e relaciona, já o exotismo separa e isola; a diferença produz uma teoria política, o exotismo produz militância à parte da etnografia".
Do texto "Análise antropológica de rituais", de Mariza G.S. Peirano

Esse ano me propus a fazer pós-graduação uma vez por mês lá em Buenos Aires e estudar (e como!) antropologia. Sempre me interessei pelas ciências sociais e a possibilidade de estudar uma de suas áreas em outro país latino-americano me desafiou.

Para quem não sabe, e sempre me pergunta por que escolhi essa área, a antropologia tem a mesma base do jornalismo para mim. É uma ciência que estuda o homem e a humanidade em todas as suas dimensões; a relação do homem com o outro, seus hábitos, seus mitos, suas crenças, seus rituais, suas linguagens.

Acredito que a melhor maneira de se produzir uma boa reportagem é vivenciar aquilo que se pesquisa. Ir a campo MESMO. Na antropologia, isso é feito, assim como no jornalismo, a partir dos três conceitos básicos de olhar, escutar e escrever; e ainda com base na etnografia, metodologia de observação e análise de grupos humanos, na busca por relatar, com a maior fidelidade possível, a vida de cada um deles.

Tenho certeza de que vou entender e refletir sobre muita coisa interessante durante o curso. Como logo na primeira aula, em que aprendi sobre etnocentrismo, a maneira de ver o mundo a partir do conceito civilizacional de superior, ignorando as diferenças em relação aos povos tidos como inferiores. Ou seja, como se o que se sabe e se conhece, a cultura e os valores, fossem superiores e mais corretos do que de outras sociedades muitas vezes consideradas “exóticas”. É a tendência do ser humano de repudiar ou negar tudo que lhe é diferente. Preconceito puro e totalmente recorrente nos dias de hoje.
Antropojornalismo, no Observatório da Imprensa, em 2001.

sábado, 22 de agosto de 2009

A tal da gripe

Estou assustada com essa nova (que já nem é mais tão nova assim) gripe. Suína, A, H1N1, chamem como quiser, mas está sim, realmente preocupante!

Meus alunos de 4 anos estão sabendo o que está rolando, o que por um lado é muito bom, pois eles são um alvo muito grande, por outro lado é terrível, porque mostra que o buraco é mais embaixo.

Confesso que eu mesma estava achando um pouco de exagero, mas a mídia, ao contrário do que muitos pensam não está mostrando demais, está mostrando de menos, escondendo um pouco da situação para não virar um caos.

Bom, sem extremismos e máscaras bizarras fica aí o alerta de lavar sempre as mãos, se ficar gripado se cuidar, e procurar deixar o corpitcho em dia!

PS: Siiim, voltamos a postar!!! =)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Eu adoro a Vila Madalena

Como uma boa fã de cerveja gelada, sou frequentadora assídua da Mercearia São Pedro, do Filial, do Empanadas...

Trabalhei por muitos anos em Pinheiros, bairro vizinho que eu também adoro, então happy hour na Vila era sempre unir o útil ao agradável. Mas, até um mês atrás, eu só conhecia mesmo os bares. Um restaurante ou uma lojinha a mais e olhe lá.

Foi então que comecei a trabalhar na rua Fradique Coutinho, entre a Aspicuelta e a Wisard – no meio do agito.

Ainda estou naquela fase de encanto. De dia, o clima na Vila é outro. Faça chuva ou faça sol, sair para almoçar é sempre agradável, parece cidade do interior. As casas são coloridas, tem bastante árvore e muitas as pessoas almoçam nos mesmos bares em que fazem happy hour, algumas até acompanhadas de um chopinho. Às vezes, somos surpreendidos por alguma intervenção artística relâmpago.

Seja qual for a rua, há várias lojinhas modernas, de roupas diferentes, de bolsas coloridas, brechós, casa de bonecas, sebos, fora as escolas de teatro, de artes, de dança... A inspiração foi tanta que comecei a fazer aula de tecido e trapézio no Galpão do Circo, na Girassol.

Hoje, fui almoçar com duas amigas queridas no Florinda, um restaurante todo charmozinho, na esquina da Aspicuelta com a Harmonia. No cardápio, saladas, massas leves, quiches, sopas e sobremesas caseiras. Pedi a “Quentinha” - com entrada, prato principal, suco e café – que hoje tinha limonada, talharim com molho de gorgonzola e uma DELICIOSA sopa de abóbora. Eu não tomo café, mas o lugar é perfeito para tomar um ou comer um bolo caseiro durante a tarde. Fica a dica, pois é comida ótima a preço justo!

Na volta, me deu vontade de parar em todas as lojinhas (o que não foi possível porque eu já tinha feito muito tempo de almoço) e acabei elegendo, por enquanto, a Aspicuelta como a minha rua favorita.


Café Florinda: Rua Aspicuelta, 181. Tel.: (11) 3814-1060

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Made in Japan


A-DO-RE-I a idéia.
Nada pior do que estar na rua segurando o guarda-chuva - não importa se é uma tempestade ou uma garoa - e o telefone tocar.
Olha que lindo, agora não é mais preciso segurar o guarda-chuva com o queixo!!!
Incrível, vai?

Li a dica no
Blue Bus e o acessório está à venda na Amazon japonesa.
Se você conseguir entender alguma coisa lá, além dos números, me avisa?

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Tem alguém aí?

Que feio. Dois meses sem passar por aqui...

Mas hoje é segunda, o final de semana foi ensolarado.Parece que São Pedro resolveu manter o céu azul e o clima delicioso. Tá todo mundo mais alegrinho por ai.

Nada melhor para começar bem a semana e voltar a escrever, assim como o sol voltou a brilhar em São Paulo.


E, Fê, isso é uma convocação!