quinta-feira, 24 de abril de 2008

Despedidas

A palavra já nos remete à algo triste. Dizer tchau não é uma tarefa fácil. Existem despedidas curtas, despedidas longas, com choro, sem choro, com a certeza de que verá a pessoa de novo, com a esperança de vê-la de novo, com a dúvida, e com a certeza do nunca mais.

Se pararmos para reparar como as crianças se despedem poderíamos aprender com elas. Como sempre! Elas se despedem dos pais, como se nunca mais fossem vê-los. Choram, abraçam e dão beijos. Se despedem dos amigos com brilho nos olhos, provavelmente pensando que tudo que passaram juntos valeu a pena. Eu nunca fui boa em despedidas, não sei se por causa da minha eterna emoção à flor da pele ou pelo simples fato de as pessoas terem extrema importância na minha vida.

Nas despedidas para sempre eu costumo ficar meio de longe, não gosto do clima, dos rostos das pessoas, da energia. Talvez esse devesse ser um momento um pouco mais alegre. Sempre penso que aquele que se foi não gostaria de fazer tantas pessoas chorar. E que elas talvez estejam num lugar bem melhor que nós.

Nas despedidas em que tenho certeza que verei a pessoa em breve, costumo ser calorosa, porque, assim como as crianças, gosto de demonstrar que aquele tempo que passamos juntos valeu a pena. Mesmo se dali a pouco nos virmos de novo, demonstrar o que foi bom nunca é perda de tempo.

Nas despedidas em que não sei quando voltarei a ver a pessoa, sofro mais. Principalmente quando é uma pessoa querida. A incerteza de quanto tempo levará o reencontro me incomoda. E há ainda uma outra coisa que me incomoda mais. O valor que damos a alguém quando sabemos que não vamos mais vê-la ou que vai demorar um bom tempo. Ser humano é burro! Queria de verdade entender porque só damos valor à algo quando perdemos. E não adianta vir com falso moralismo dizendo que não faz isso. Todos fazem! Ou pelo menos já fizeram.

Acho que as pessoas deveriam falar mais o que sentem, sem medo de repreensão. Mais do que isso, acho que as pessoas deveriam perguntar o que as outras sentem em relação à ela. Deveria virar um hábito. Mas a resposta do outro não deveria influenciar na sua vida. Seria apenas questão curiosidade e hábito de se falar e ouvir os sentimentos. Talvez assim perceberíamos que o que é importante para nós e que o que nos faz bem está logo ali na nossa frente.
Fê - Março 2008

Um comentário:

Vanessa Nassif disse...

Aaaaaaaaeee meninaaasss

Bem-vindas ao mundinho dos Blogs. uahuahha
Já vou lançar vcs nos favoritos do meu blog e tb do meu explorer.
Levem isso aqui a sério, hein! Preciso saciar meu novo vício de ler blogs. hahaha

Feee...adoreeeei o texto e nem precido dizer o qto concordo com td isso.
Eu vivo om saudade. De muita coisa e muita gente. Umas doem mais, outras menos. Da mesma forma q umas aparecem mais rápido que outras. às vezes em minutos. Bom...vc me conhece bem.
E minha saudade de vc nunca se mata! hunf...grudinho!

Gabi...tb nunca mais te vi, pô. To com saudade tb da minha mais nova amiga de infância. hehehhe

bjosssssss