quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Amigos, amigos. Negócios à parte.

Quando eu era pequena, eu conhecia uma pessoa e pouquinho tempo depois já dizia “posso ir na sua casa?” Do mesmo jeito, sempre fiz a pergunta inversa “vamos para o meu sítio?”

Eu sempre adorei dormir na casa dos outros, viajar com quem eu conheço pouco. Sempre abri minha casa para todos os meus amigos e recebi de coração aberto seus namorados(as) ou amigos. Sempre fui amiga da maioria das pessoas dos lugares onde trabalhei e mantenho essas turmas até hoje. Sempre fiz amigos de infância, de verdade, em um dia e me senti à vontade em uma turma nova, feita de gente completamente diferente de mim. A cada ano, minha lista de convidados para as minhas festas aumenta mais. E são todos amigos amados, fiéis e sempre bem vindos. E os meus amigos de verdade sabem de tudo isso.

Mas aí...
De uns tempos para cá, vi que nem toda mulher fofa quer ser realmente sua amiga – apunhalar pelas costas e na sua própria casa é besteira, pufff! Vi também que para algumas pessoas a cumplicidade virou coisa do passado e é normal ser um puto de um interesseiro e, depois de ter o objetivo alcançado, foda-se o resto. Aí, no meio desse bololô todo, eu encontrei a personificação do que entendo como pessoa Falsa, com F maiúsculo mesmo, aquele tipo que passa por cima dos outros, doa a quem doer, para conseguir o que quer e, de novo, foda-se o resto e “me chame de princesa”.

Agora, estou me sentindo na quarta-série porque fulana resolveu praticar bullying contra mim por simplesmente se sentir superior por ser mais velha do que eu (ãh?) e não aceitar a vida como ela é. Ainda bem que eu tenho duas fortalezas que me protegem, principalmente por dentro.

Não, não acho que o mundo mudou. Eu mudei. Aos 26 anos, INFELIZMENTE, a inocência (se é que essa é a melhor palavra para definir isso), que me protegia e me fazia querer ser amiga de todo mundo, ta desaparecendo, virando pó de pirlimpimpim na minha memória e no meu coração. E isso é triste.

Eu nunca me imaginei dizendo isso, mas hoje eu disse. E disse com tanta convicção que fiquei refletindo e até escrevi esse texto, para entender o significado dentro de mim.

Eu disse. E repito. Na boa, eu já tenho muitos e ótimos amigos, eu não preciso de novos.

Um comentário:

Uma Ju disse...

ai ai ai ai ai!
vamos lá: sua amiga querida e do coração está aqui para deixar claro umas coisinha (não necessariamente para você): primeiro, espero que essa pessoa tosca, que vem te apurrinhando a vida ao despejar suavemente o azedume da própria existência no seu mundo doce, simplesmente cresça e apareça. e crescer, veja, em nada tem a ver com idade, número ou posição profissional. nós, seres evoluídos munidos de bons sentimentos, entendemos o crescimento humano como evolução espiritual, engrandecimento da alma, essas coisas...
dito isso, deixemos claro que essa vida é mesmo muito fanfarrona, não é mesmo, gaybis?!?
infelizmente a gente se engana (e muito!) com as pessoas, até mesmo com aquelas que a gente depositava a maior fé.
mesmo assim, vale a pena não perder a ingenuidade e agir com o coração. se você tiver em mente que a sua conduta é correta, que os seus pensamentos são bons, a vida - essa grande fanfarrona - se encarrega (e sozinha!) de limpar os seus caminhos. e aí, nooossa, que dó que me dá dessas pessoas desafortunadas, que só conseguem se sobresair as custas da trapassa, do interesse, do bullying...
eles passarão. você, óh!, passarinho...
e quando viu, já foi! tá lá você voando em outros horizontes, onde o céu é azul e não tem urubu!
amo amo amo!