segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Why so serious? O Heath, o Batman e os clowns...

Passada a emoção de encontrar “O” homem na terça-feira passada, agora temos fôlego para falar do Batman – O Cavalheiro das Trevas.

Esse com certeza é um dos melhores filmes da série, se não for o melhor. Eles conseguiram mostrar o lado humano do herói. Na verdade, é justamente o posto de herói que é colocado em xeque. E aquele incômodo clássico que normalmente sinto em filmes com um “quê” de impossível praticamente não apareceu. Rapidinho, eu já estava acostumada a ver um cara vestido de morcego chegando para tentar salvar as pessoas do crime.

Crime. É aí que está o melhor do filme. Trouxeram de volta o maior inimigo do homem-morcego, o Coringa!, na pele do delicia do Heath Ledger. O cowboy de Brokeback Mountain - ou melhor, o gostoso de 10 Coisas que Eu Odeio em Você. Esse representou no filme, no sentido literal e abstrato da palavra. O filme é bom, sim, mas a atuação de Ledger fez a gente ficar de boca aberta, sem vontade até de piscar para não perder nem um minuto de sua atuação. Conseguiu superar o até então insuperável neste papel, Jack Nicholson. O Joker atual é mais sombrio, mais macabro e certamente mais violento, mas sem perder as brincadeiras, e a gargalhada. Suas piadas fazem rir, mas não são só engraçadas, são pesadas. E ele enfrenta o mundo sozinho, sem dó. Como diz Alfred, o mordomo do Batman, “tem gente que não tem um objetivo, quer apenas ver o circo pegar fogo”.

Esse Batman traz a sensação de que todos somos capazes de ser heróis ou vilões, retrata que todos temos o lado humano e o lado sombrio, que pode se revelar a qualquer momento. Hoje a gente sabe que de um jeito ou de outro é possível ter “poderes” como os do Batman (como controlar os sinais de celular de toda uma cidade). Assim como as dúvidas que o cercam. Do mesmo jeito, a violência gratuita do Coringa. Até no vilão Duas Caras predomina seu lado humano, que justifica seu ódio e desejo de vingança.


Mas, como não podia deixar de ser, agora que fizemos uma crítica bonitinha, vamos a esculhambação:

- O Batman, grande homem-morcego musculoso, com sua roupa linda e tecnológica, chamou nossa atenção por outro motivo: sua voz! O que fizeram com a voz do Batman peloamordejesuscristo?! O homem é rouco, com aquela impressão de que precisa soltar um catarrinho, o famoso bichinho do “rarhã”, o tempo todo. Sem contar que ele tem a língua presa, muito presa! Parece primo do Chip Douglas, personagem de Jim Carey em um de seus piores filmes, O Pentelho.


- O Heath Ledger é lindo, mesmo maquiado com aquele sorrisinho do Coringa. E mandou muito bem no filme. Triste triste sua morte...



- E a mais importante de todas as conclusões: O Joker é o líder dos clowns. Prontofalamos, quem entendeu a piada interna, entendeu. Rá.

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