quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Dancing with myself



É como se os pés não encostassem no chão, como se o corpo flutuasse. Ao mesmo tempo, é sentir o chão, a respiração de quem está perto, os movimentos de outros corpos. É sentir a música dentro de você, como se batesse junto com seu coração. Não é a toa que Barishnikov já dançou ao som de seus próprios batimentos cardíacos. Seus sentimentos todos vêm à tona, é a emoção misturada com o nervosismo, com a euforia e com o prazer. A realização de estar suando, sem nem perceber. De estar fazendo força sendo o ser mais leve do mundo. Para quem assiste deve parecer que somos fadas, e que fazemos aquilo naturalmente, sem termos que ensaiar incansáveis vezes, até chegar na perfeição. Nessa perfeição de passar a leveza com o corpo. Pés, pernas, braços, mãos, corpo, cabeça, tudo ligadinho, como se pra mexer um, tivéssemos que mexer o outro também. O tipo de dança? Não importa. O lugar muito menos. No palco, na festa, na grama, na praia, no quarto, na sala, no chuveiro, no meio da rua, na chuva, no sol, no parque, na praça. O importante é dançar com o coração, e sentir a sensação, a famosa sensação de que quem dança é mais feliz.
Veja a linda Polina Seminova, que consegue representar nitidamente como é ser leve e linda ao mesmo tempo.

Um comentário:

Gabi Borges disse...

Caraleo. Se superou, pequena fada loira.