quarta-feira, 25 de junho de 2008

Era uma vez...


...em uma pequena aldeia francesa no final do século XVIII, uma jovem chamada Bela. Atraente e inteligente, ela se refugia nos livros da rotina tediosa de sua vida provincial – e dos incansáveis galanteios de seu belo, mas brutal, pretendente, Gastão. Seu pai, Maurice, é um inventor visto como um louco. Um dia, Maurice vai a uma feira demonstrar sua nova invenção e acaba se perdendo na floresta e é atacado por lobos. Ele procura abrigo em um castelo, mas acaba se tornando prisioneiro de uma horrenda Fera. Senhor do castelo, a Fera é, na verdade, um príncipe que foi amaldiçoado por uma feiticeira quando negou abrigo a ela. Bela sente que algo aconteceu com seu pai e vai à sua procura. No castelo, faz um acordo: se seu pai fosse libertado ela ficaria no castelo para sempre. A Fera concorda e todos os "moradores" do castelo, que lá vivem e também foram transformados em objetos falantes, sentem que esta pode ser a chance do feitiço ser quebrado. Mas isto só acontecerá se a Fera amar alguém e esta pessoa retribuir o seu amor. Com a ajuda do bule de chá, do candelabro e do relógio, Bela logo passa a ver que por trás da aparência assustadora da Fera se esconde o coração e a alma de uma boa pessoa. Enquanto Bela conhece melhor a Fera, todos assistem ansiosos à quedas pétalas de uma rosa encantada, pois quando a última cair o feitiço não poderá ser mais desfeito...

O final é feliz, claro!


Esse sempre foi o meu conto de fadas preferido. Um dia me perguntaram o motivo, eu disse que gostava porque a princesa é morena. Há!


Eu mesma não achei essa explicação o suficiente e comecei a prestar atenção em outros fatos interessantes: nesse conto de fadas, a Bela não começa a história como princesa. Ela também não foi salva por um príncipe encantado. Na verdade, ela é que salvou o príncipe. E ela não quis se trancar no castelo para conquistá-lo, mas sim para salvar seu pai e, depois, pelo desafio de fazer com que a Fera assumisse o seu lado bom.


Eu percebi que o que me faz adorar essa história é o desafio que a atraiu e a crença de que todo mundo tem o seu lado bom. E se alguém for me fazer princesa, há, esse alguém sou eu mesma.


Agosto 2007

Um comentário:

Fê Nogueira disse...

Não é pq esse blog é meu, que eu não posso comentar né?
Esse texto é um dos melhores e mais reais que vc já fez... Amo de paixão!
Parabéns!!!!