sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Cruel, mas só no nome



Cruel é o novo espetáculo da Deborah Colker, e eu fui! Os espetáculos dela são famosos pela grandiosidade e objetos que ela costuma usar no palco. Nesse, em especial, são poucos: um lustre redondo gigante e lindo; em outro momento uma mesa retangular que se move; e, no ultimo ato, espelhos.
O primeiro elogio que eu tenho a fazer é sobre o figurino. Logo de cara estão todos vestidos com roupa de baile. Lindos vestidos, sapatos de salto, lindo lindo lindo. E ao longo do espetáculo alguns mudam de roupa e outros não, unindo o clássico ao contemporâneo. Meu segundo elogio vai para a trilha sonora. Um absurdo! A produção que essa mulher tem é realmente estonteante. E o último, e melhor, elogio vai para os bailarinos, principalmente os homens. Quem me conhece sabe que eu particularmente prefiro ver mulher dançando ao invés de homem, acho a dança masculina um pouco agressiva, mas dessa vez tenho que bater palmas. Bailarinos(as) preparadíssimos, com um corpo forte, pés e pernas sem comentários.
Enfim, o espetáculo em si - vejam bem, na minha leiga visão, hein?! Não sou nenhuma crítica de dança, por favor, não levem muito em consideração minhas palavras, é apenas um desabafo. O espetáculo em si é mais simples do que os outros que eu já assisti dela. Mais clean, mais limpo, digamos. E eu adorei. Muitos duos e muitas pegadas, não podia ser melhor. Ela usou e abusou também do diferente, do que assusta.
Ela geralmente guarda a grandiosidade pro final, e dessa vez não foi diferente. Quatro espelhos que giram no palco, com bailarinos passando pelo meio, por dentro, por cima. No começo achei um pouco nauseante, pois os espelhos giram e se você ficar olhando acaba ficando tonto. Mas tá aí a dica, olhem pros bailarinos e não pro reflexo. Por um segundo achei que eu fosse me decepcionar, mas não, ela nunca faria isso comigo. A minha parte favorita, no entanto, foi a da mesa, quando um trio de bailarinos, dois homens e uma mulher, fazem “de um tudo”. Minha nossa, a música estava sensacional e eles, aff, um absurdo!
Bom, nem preciso dizer que sou fã incondicional do trabalho dela, que mistura duas coisas que eu não vivo sem, que são a dança e o esporte. Sem falar em toda a produção e toda formação da Deborah. Mais uma vez chorei na hora dos aplausos, me emocionei lembrando de como é ter um monte de gente em pé te aplaudindo, e lembrando da melhor sensação do mundo, que é estar em cima de um palco. Parabéns para a Cia de Dança Deborah Colker, e muito obrigada!

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